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"O Sorriso da Hiena" - Gustavo Ávila


O Sorriso da Hiena
Autor: Gustavo Ávila
 Editora: Verus
 Número de Páginas: 266
 Ano de Publicação: 2017


Oi, sou eu, Renan, de novo.

Que tiro foi esse?

É com a frase da nossa pensadora contemporânea, Jojo Maronttinni, que eu começo essa resenha.
O livro é incrivelmente sensacional, a escrita é muito bem trabalhada e é muito rápido.

Achei excelente a forma como o Gustavo descreveu as justificativas da mente humana para fazer algo que ela julga necessário, mas fica a pergunta: realmente é?

Outro ponto interessante é que o livro também poderia se chamar “ Como nascem os monstros? ”. Vocês vão entender o porquê. Partiu pra resenha.


A trama gira em torno de David, William e Arthur. 3 pessoas com personalidades distintas, mas com algo em comum. Na cidade em que se situa a história estão acontecendo alguns assassinatos com uma motivação um tanto curiosa, aí entra David, um rapaz que na sua infância viu seus pais serem assassinados, todos amarrados em uma cadeira. Temos também William, um psicólogo que atende crianças com traumas emocionais, que se envolverá nessa trama de uma maneira que não terá retorno, e também temos Arthur, um detetive que por ser diagnosticado com a síndrome de Asperger, tem umas particularidades na maneira de resolver seus casos.


Até aonde você iria pra completar seus objetivos?
O quanto sua consciência ficaria pesada por ter que fazer o “necessário”?


Creio que essas são as grandes questões do livro, pelo menos para o personagem William, que persuadido por David, entra em um esquema de assassinatos bem macabros e com consequências pesadas, mas que na mente dele tudo isso é “necessário”, em contraparte temos Arthur, que investiga os crimes tentando chegar até o meliante.


O livro tem pontos muito positivos, como:
- A área geográfica onde se passa a narrativa não é especificada, ou seja, você pode imaginar que é a sua cidade ou outra cidade qualquer, fica em aberto para a sua imaginação.
- Ele não é apenas um livro policial, também trata questões muito boas como: dilemas morais, a própria síndrome de Asperger, como a polícia é pressionada para obter resultados e muitos outros temas.


Mas a cereja do bolo é o final, onde você decide se a justiça foi feita ou não.

Na ultima Bienal, pude conhecer o autor e tirar uma foto com ele



Espero que vocês tenham gostado da resenha e gostem do livro. 
Um abraço
Renan!!!

"A Forma da Água"


Olha quem ressurgiu das cinzas e está aqui no blog!! Pois é... euzinha!

Olá, pessoal! Estava morrendo de saudades de vocês e passei aqui para falar de um filme incrível que tive a oportunidade de assistir na Cabine de Imprensa - como vocês sabem, a Aliança de Blogueiros nos dá essa oportunidade.

Bom, essa foi a minha primeira cabine e não poderia ter sido melhor, pois A Forma da Água (The Shape of Water em inglês) é um filme encantador. 

Vamos conferir essa crítica?

***

A Forma da Água é um longa dirigido pelo grande cineasta Guillermo del Toro - diretor de O Labirinto do Fauno - e nos traz uma história emocionante, divertida e que tenta derrubar diversos preconceitos existentes na década de 60. O filme está dentro do contexto da Guerra Fria e, por isso, ficamos imersos nesse mundo de confrontos políticos.

Nossa personagem principal chama-se Elisa (Sally Hawkins), uma zeladora muda de um laboratório secreto do governo. Em tal laboratório, algumas experiências são feitas e, dentre tais testes, Elisa fica de frente para uma espécie de homem-anfíbio. Essa criatura, chamada de "coisa", de "forma" é encontrada pelos cientistas e é deixada no laboratório para ser estudada. 

O que seria assustador para qualquer um acaba por encantar Elisa, uma vez que esse homem a enxerga tal como ela é. A "forma" tem uma inteligência incrível e é considerada como um deus para alguns povos. Por causa de suas habilidades, ele consegue se comunicar com Elisa, através de Libras, já que era o único meio de comunicação - além da música e dos sentimentos - que ela podia passar para ele. 

Durante os experimentos, os dois vão se apaixonando e nossa protagonista resolve salvar seu amor daquele cativeiro. E é aí que começa todo o desenrolar e todos os impasses da história. 

"A Forma da Água" lidera as indicações de cinema.

Bom, confesso que estava com grandes expectativas para esse filme, uma vez que ele recebeu várias indicações para o Oscar, e posso dizer que essas expectativas foram atingidas.

O elenco é incrível e conta com a maravilhosa Octavia Spencer, que interpreta Zelda - amiga de Elisa. Octavia, com seu talento indiscutível, traz pitadas de comédia ao enredo e de questionamento social. 

Pode-se dizer, portanto, que A Forma da Água, além de emocionante, traz comédia, cargas políticas e denúncias de preconceitos raciais, sexuais e sociais. 

Queria elogiar também os figurinos e os cenários que fizeram com que o clima dos anos 60 fosse perfeitamente incorporado à história. Ah, e sem contar que contamos com a música da grande Carmen Miranda na trilha sonora - fiquei emocionada demais na hora em que ouvi a música. 

Se eu pudesse descrever esse filme em uma palavra, eu diria: "poesia". A Forma da Água é um filme sensível que permite que olhemos para o outro, estimula uma visão sem preconceitos e é sutil de um forma espetacular. 

Espero que tenham gostado dessa crítica e para deixar o gostinho de "quero mais", vou colocar o trailer do filme aqui para vocês!

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Beijos da Alê <3

"A vida é uma tarde de chuva" - Carlos Henrique Abbud e Flávia Gonçalves


Oieeee genteeee....tudo bom com vocês?? Espero que sim!!!

Hoje nós vamos falar de um livro que de uma certa forma é bem especial para mim. E porque ele é especial? Simples. Porque os autores são nossos parceiros e são as pessoas mais fofas que pude conhecer nessa blogesfera....rs

Hoje nós vamos falar de A vida é uma tarde de chuva, dos queridos Carlos Henrique Abbud e Flávia Gonçalves. Bora conhecer?

O livro conta a história de Glenn, uma menina que vive sozinha no mundo e não se prende a lugar nenhum, vive vagando pelas estradas sem um rumo aparente. Em uma de suas andanças, ela pega carona ate seu destino mais próximo com Valiante, um estranho escultor que tenta a todo custo puxar assunto com ela.

Tudo ia bem (tirando as insistentes conversas dele) quando os dois sofrem um acidente que é causado por um homem prestes a tirar a própria vida. Com a pancada, Valiante desmaia e Glenn, mesmo ferida, decide ir falar com o homem e quem sabe tentar fazer com que desista dessa ideia absurda. O nome do homem era Achilles e a todo momento ele tenta alertar a ela para que não vá até o vilarejo próximo, pois seria um lugar bastante perigoso e que lá só havia apatia e sofrimento. Intrigada com as palavras dele, Glenn ainda tenta argumentar mas infelizmente não consegue impedir que Achilles cometesse suicídio.

Mesmo chocada por ter presenciado a morte de uma pessoa, ela decide seguir seu caminho, mas devido ao sol a pino que estava e por não comer a dias, Glenn acaba desmaiando no meio da estrada e só acorda algumas horas depois já em um vilarejo esquecido no tempo chamado Desídia. 
Desídia é um lugar que esconde muitos mistérios, como por exemplo cidadãos que não possuem nenhum tipo de alegria ou felicidade. Na realidade, os moradores aprenderam a camuflar suas emoções uma vez que em Desídia habita um monstro que se alimenta de vida interior. 

A partir daí nossos protagonistas se envolvem de uma forma contagiante em ajudar esse povo a se livrar dessa maldição e quem sabe poder viver um felizes para sempre.
Um livro com muitas emoções e por que não arrepios onde você não vai conseguir parar de ler. Corra até a livraria mais próxima e adquira essa obra mais do que maravilhosa.

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Eu tive o prazer de conhecer essas duas pessoas maravilhosas na Bienal de 2015 e com isso eu virei fã quando li o primeiro livro deles, Alice Black, princesinha do inferno (não viu?? Clica aqui). Agora em A vida é uma tarde de chuva, eles nos trazem uma aventura totalmente diferente, mas não menos gostosa de ler.

Logo de cara eu me apaixonei por Valiante...gente que coisa mais fofa é esse homem e é lindo de ver a forma que ele trata as pessoas e principalmente a força e apoio que ele dá a Glenn, mesmo ela dando várias patadas nele. 

O livro nos traz várias sacadas para que possamos aplicar em nossas vidas, por exemplo, eu vi uma frase que me chamou atenção foi:

“ O que podemos fazer de realmente útil nessa vida, diante da eternidade.”

Isso nos faz pensar em como estamos levando a nossa vida, se estamos dando a verdadeira importância ao nosso tempo, para as coisas que realmente importam.

Quando a gente vê o titulo do livro, não entendemos a principio o verdadeiro significado, mas a cada página que passamos percebemos que o titulo cai como uma luva. Por exemplo, tem uma parte que Glenn quer ir embora de Desídia e não se preocupa nenhum pouco com o que pode acontecer com as pessoas de lá, até que em uma tarde de chuva ela descobre o verdadeiro significado da palavra solidariedade e ela fala uma frase mais que maravilhosa:

“A vida é uma tarde de chuva e a felicidade depende das escolhas que nela fazemos.”

Como não gosto de dar spoiler a vocês, não trouxe muitos detalhes do livro mas me encantou muito ver a forma como a trama é desenvolvida, como os autores souberam desenvolver o mistério do vilarejo bem como dos moradores que vivem nesse local. 

A diagramação do livro também é linda demais. A cada final de capitulo, é colocado o desenho do trem de Desídia, da uma olhada:


Em resumo, um livro emocionante, divertido e porque não dizer misterioso e que faz a gente ficar preso até o final para desvendar todo o mistério que há em Desídia.

Quero agradecer aos mais que lindos Carlos Henrique e a minha xará Flavinha por mais uma vez acreditar no nosso trabalho e enviar essa linda obra pra gente....vocês são 1000. Olha como eles me mimam demais....rs




 E na Bienal desse ano eu pude dar um abraço bem gostoso nesses dois amores...


E eu vou ficando por aqui meus anjos, mas prometo voltar logo logo, mas não sem antes deixar vocês com o book trailer maravilhoso desse livro surpreendente



....um grande bjo no coração de vocês...

Flay


"Horror na Colina de Darrington" - M. V. Barcelos



Oieeeee people....tudo bom com vocês??? Espero que sim.
Como eu já tinha adiantado para vocês, o nosso blog foi convidado, através da aliança de blogueiros, a participar de um projeto bem bacana que é o Clube de Temas (clique aqui para saber mais.). E como nós já havíamos informado, o tema que correspondia ao mês de Janeiro é o Terror e nós escolhemos o livro Horror na colina de Darrington do nosso querido parceiro M.V. Barcelos para resenhar pra vocês....bora lá conferir???

O livro conta a história de Benjamin Francis Simons, ou Ben como era chamado por todos. Ben é um jovem de 17 anos que ficou órfão muito cedo e morava em um orfanato, onde apesar de tudo era muito feliz. 

Em junho de 2004, Ben vai passar uma temporada na casa dos seus tios na colina de Darrington, em South Hampton para ajudar na criação de sua priminha Carla pois sua tia Julia após ter sofrido um derrame, se encontrava em coma e seu tio Romeo trabalhava o dia todo. 

O que era para ser um temporada de alegria acabou se transformando em um terrível pesadelo. Tudo começou no dia seguinte a sua chegada quando Ben encontra Carlinha fazendo caretas para o teto e quando a pergunta pra quem ela estaria dando língua, ela responde que estava imitando a moça das tranças. Sem entender nada, Ben ao olhar na direção para qual a menina olhava, se depara com uma moça pendurada no alto do teto como se tivesse sido enforcada ali. As tranças que Carlinha via eram as cordas ao redor do pescoço da menina. 

Após esse episódio, Ben acorda em seu quarto sem saber exatamente como foi parar ali e a principio acha que tudo não passou de um sonho, porém as coisas começam a ficar ainda mais macabras e Ben resolve ligar para seu tio para informar o que estava acontecendo. Achando que seria motivo de chacota para o tio e que ele não iria acreditar, Ben se surpreende quando o tio lhe dá ordens de sair imediatamente da casa, cuidar de Carlinha, trancar a porta do quarto da tia e não ir até o porão de forma alguma. Quando ele vai até o quarto com o intuito de trancar a porta, a sua tia que estava em coma segura seu braço. Após o susto, ele acaba entrando numa espécie de sonho onde conversa com a tia e ela lhe implora que salve a sua prima Carlinha e que vá até o porão para ler o que ela havia escrito. 

Ben precisava tomar uma decisão: seguir as recomendações que seu tio havia dado ou fazer o que a tia lhe passou no “sonho”. Seria tudo real ou só imaginação? Real ou sobrenatural?

Horror na Colina de Darrington é um suspense sobrenatural de tirar o folego, apertar o coração e levar um leitor a loucura!!! Em poucas páginas M. V. Barcelos escreve uma trama estupenda,  O ritmo do livro é rápido, pois sua escrita é muito fluida e os acontecimentos instigam o leitor a desbravar o livro, por isso, fica praticamente impossível largar a leitura.

Se vocês ficaram curiosos, corram até uma livraria mais próxima e adquira já esse livro aterrorizante!!!

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O querido M. V. Barcelos é nosso parceiro já algum tempo e ele me presenteou o livro no ultimo evento do blog, mas como a lista de livros estava monstruosa eu ainda não havia conseguido ler, mas como veio esse projeto e logo de cara era para resenhar livros de terror, eu agarrei de cara e fui ler.
O livro é simplesmente maravilhoso e a sua leitura é muito rápida e nos prende do inicio ao fim. O livro também é muito bem diagramado e as paginas são um charme....dá uma olhada


O meu livro é de uma primeira edição que saiu pela editora Novo século sob o selo Talentos da Literatura Brasileira, porém ele hoje está com a editora Faro Editorial e houveram algumas mudanças nas paginas e foram incluídos desenhos entre um capitulo e outro e ficou sensacional...dá uma olhada



Capa da Faro Editorial

E o fofo do autor ainda autografou pra mim....


O livro termina de uma forma que nos deixa a pergunta: Vai ter continuação? Obviamente que a gente tratou logo de ir perguntar ao fofo do Marcus se teríamos continuação e ele nos disse que simmmmm.... 


Inclusive vou passar um primeira mão para vocês que ele está terminando o ultimo capitulo então em breve teremos a continuação dessa história horripilante!!!

Bom, eu vou ficando por aqui meus amores, mas prometendo voltar em breve, mas antes de partir, deixo com vocês os links das resenhas do pessoal que está participando do clube de Temas, deem uma olhada pois certamente vai aumentar ainda mais a lista de leitura de vocês...







Aproveito para já informar a vocês que o próximo tema do clube de temas para Fevereiro é Erótico...Será que vocês sabem que livro vou ler????

#VEMSENHORGREY!!!!

Um grande bjo no coração de vocês e até a próxima

Flay

"A beleza é uma ferida" - Eka Kurniawan


Oieeeee pessoas....tudo bom com vocês???
Hoje nós vamos falar de um livro que me surpreendeu bastante e que não se parece com nada do que eu já tenha lido. Vamos falar de A Beleza é uma ferida, de Eka Kurniawan, do Grupo Editorial Record pelo selo José Olympio. Bora conhecer???

Sinopse: 
A vida da prostituta mais procurada da fictícia HalimundaDewi Ayu, e das quatro filhas é marcada por estupros, incestos, assassinatos e fantasmas – muitas vezes vingativos. Astuta, destemida e engenhosa, Dewi levanta-se do túmulo após 21 anos para contar a própria história e desvendar alguns mistérios. Mas talvez a principal razão para o forte desejo de voltar à vida seja visitar sua quarta filha, a quem ela deu à luz antes de morrer. Seu nome é Beleza, mas foi abençoada com a feiura que Dewi tanto desejou para afastar a família da maldição da beleza. Ao contar essa história, Eka Kurniawan, o aclamado escritor indonésio, faz uma crítica mordaz ao passado conturbado da sua jovem nação: a ganância do colonialismo; a luta caótica para a independência; a ocupação japonesa; o assassinato de um milhão de “comunistas” em 1965, seguido por três décadas de governo despótico de Suharto. Combinando folclore, sátira e a formação da Indonésia, a voz inconfundível de Kurniawan – inspirada em Melville e Gogol – traz originalidade e relevância para a literatura contemporânea e oferece aos leitores o prazer na linguagem exuberante usada para descrever uma carnificina; defendendo simultaneamente a força necessária para sobreviver. 

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bom de se participar de um clube do livro é que você conhece um monte livros que se você passasse na livraria, provavelmente não iria olhar. (Sem falar nos amigos que conheci lá, né clube da coxinha???)E esse foi um desses casos!!! 

Quando nos foi proposto o livro, foi “vendido” um produto bem diferente do que eu encontrei ao ler. Eu sabia que ia ser uma leitura com bastante drama, mas não fazia a menor ideia de que se tratava de um livro de realidade mágica. Ahhh Flávia, mas o que é uma realidade mágica??? Confesso que eu também não conhecia e por esse morivo, eu recorri ao tio google para entender o que era essa tal realidade mágica. Confere ai.... 

realismo mágico é uma escola literária surgida no início do século XX. Também é conhecida como realismo fantástico ou realismo maravilhoso, sendo este último nome utilizado principalmente em espanhol. É considerada a resposta latino-americana à literatura fantástica européia. 
O realismo mágico se desenvolveu fortemente nas décadas de 1960 e 1970, como produto de duas visões que conviviam na América hispânica e também no Brasil: a cultura da tecnologia e a cultura da superstição. Surgiu também como forma de reação, através da palavra, contra os regimes ditatoriais deste período. 
Apesar de aparentemente desatento à realidade, o realismo mágico compartilha algumas características com o realismo épico, como a intenção de dar verossimilhança interna ao fantástico e ao irreal, diferenciando-se assim da atitude niilista assumida originalmente pelas vanguardas do início do século XX, como o surrealismo. 
Este conceito pode ser definido como a preocupação estilística e o interesse em mostrar o irreal ou estranho como algo cotidiano e comum. Não é uma expressão literária mágica: sua finalidade é melhor expressar as emoções a partir de uma atitude específica frente à realidade. Uma das obras mais representativas deste estilo é Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez. 

Bom, sabendo agora o que é realismo mágico, vocês vão entender um pouco mais sobre as minhas impressões sobre o livro.  

Dewi Ayu é a nossa personagem principal. Ela é uma prostituta que sofreu o pão que o diabo amassou na época da guerra na Indonésia. Na verdade, foi justamente a invasão dos Japoneses que a tornou uma prostituta, pois antes ela era uma menina de descendência Holandesa e que por ser muito bonita, foi capturada pelos japoneses para trabalhar como prostituta. Quando a guerra se findou, Dewi acabou tomando gosto pela vida da prostituição e permaneceu nela. 

Durante sua vida de prostituição, Dewi teve três filhas: Alamanda, Adinda e Maya Dewi. As três de pais diferentes e pela vida que levava, Dewi Ayu não sabia quem eram seus pais. As três herdaram a beleza exuberante da mãe, o que Dewi considerava como uma verdadeira maldição, pois os homens daquela época (e vale dizer que as vezes até hoje) não respeitavam as mulheres. As três meninas tiveram em seus destinos muita violência, como agressões e estupros, assim como a mãe. 
Em uma as frases mais chocantes que eu encontrei no livro, Dewi Ayu expressa bem esse sentimento de ter tido filhas tão bonitas: 


Alguns anos se passam e Dewi Ayu engravida novamente. Sabendo do sofrimento que passou e suas filhas também, Dewi deseja que sua filha seja bastante feia, e seu pedido é atendido. Dewi dá a luz a uma menina muito feia, inclusive na descrição que é feita no livro chega a ser até cruel, comparando a criança a um monte de merda. Apesar de tamanha feiura, ironicamente é dado a criança o nome de Beleza, entretanto, mesmo não sendo linda como as irmãs, Beleza sofre também e passando por varias provações e tribulações. Após 12 dias ao dar a luz a Beleza, Dewi Ayu decide morrer e assim é feito. 

Mas, 21 anos depois de sua morte, Dewi Ayu levanta-se do túmulo para contar a própria história e desvendar alguns mistérios. Mas talvez a principal razão para o forte desejo de voltar à vida seja visitar Beleza. A vida da prostituta mais procurada da fictícia HalimundaDewi Ayu, e das quatro filhas é marcada por estupros, incestos, assassinatos e fantasmas – muitas vezes vingativos. 
Com temas bastante fortes, o livro me deixou impressionada com uma narrativa bastante forte e muitas vezes cruel. Eu achei interessante conhecer um pouco da cultura da Indonésia. Não é um livro fácil pelo fato de a história tomar rumos altamente inesperados numa trama insana. É preciso ter o estômago forte e uma mente receptiva para aceitar cada fato explícito e inusitado que a história reserva.  

Não é o meu tipo de leitura preferido, mas eu indico o livro sim. Acho válida a ideia de conhecer histórias diferentes, sem falar que a capa é deslumbrante. Posso dizer que valeu a experiência, mas não é uma leitura recomendável para qualquer tipo de leitor. 

Bom, por hoje é só pessoal....espero que vocês tenham curtido mais essa resenha. Espero muito o feedback de vocês, pois ele é muito importante pra mim, ou seja, deixem uma canceriana carente feliz, ok? 

Um grande beijo e até a próxima!!! 
Flay