Image Map

O Rei das Cinzas - Raymond E. Feist


Hey, pessoal! Nathan aqui de novo. Tem um tempo que não posto e voltei para falar um pouco do novo livro do autor Raymond E. Feist, da nossa adorada parceira HarperCollins Brasil.


Sinopse:
O mundo de Garn já foi composto de cinco grandes reinos, até que o rei da Itrácia foi derrotado e todos os membros de sua família foram executados por Lodavico, o implacável rei de Sandura, um homem com ambições de dominar o mundo. A família real de Itrácia eram os lendários Jubardentes, e representavam um grande perigo para os outros reis. Agora restam quatro grandes reinos, que estão à beira de uma guerra.

Mas há rumores de que o filho recém-nascido do último rei de Itrácia sobreviveu, levado durante a batalha e acolhido pelo Quelli Nacosti, uma sociedade secreta cujos membros são treinados para infiltrar e espionar os ricos e poderosos de Garn. Com medo de isso ser verdade, e a criança crescer com um coração cheio de desejo de vingança, os quatro reis oferecem uma enorme recompensa pela cabeça da criança.

Na pequena vila de Oncon, Declan é um aprendiz de ferreiro, aprendendo os segredos da produção do fabuloso aço do rei. Oncon está situada na Covenant, uma região neutra entre dois reinos. Desde que a área de Covenant foi declarada, a região existiu em paz, até a violência explodir com traficantes de escravos indo até a vila capturar jovens homens para serem soldados em Sandura. Declan precisa escapar, para levar seu conhecimento precioso para o barão Daylon Dumarch, comandante de Marquensas, talvez o único homem que pode derrotar Lodavico de Sandura, que agora se aliou à fanática Igreja do Deus Único e está marchando pelo continente, impondo sua forma extrema de religião sobre a população e queimando descrentes pelo caminho.

Enquanto isso, na ilha de Coaltachin, o domínio secreto da Quelli Nacosti, três amigos estão sendo instruídos nas artes mortais de espionagem e assassinato: Donte, filho de um dos mais poderosos mestres da ordem; Hava, uma menina séria com habilidades de luta que poderiam derrubar qualquer oponente; e Hatu, um rapaz estranho e conflituoso no qual fúria e calma lutam constantemente, e cujo cabelo é de um tom brilhante e ardente de vermelho.

**************************

Sobre o livro: 
A sinopse já revela bastante do que podemos esperar do livro, uma fantasia a la Game of Thrones (odeio fazer essas comparações desse tipo, mas eu não consegui) onde o único sobrevivente de uma linhagem real, que não sabe nada sobre seu passado, inicia sua jornada de autodescoberta neste que é o primeiro livro d’A Saga dos Jubardentes.

Hatushaly, ou Hatu, é um jovem com habilidades excepcionais. Ele está perto da maior idade e começa com suas missões independentes pelos continentes gêmeos. Ele tem um temperamento explosivo, por isso tem poucos amigos. Apesar de receber tratamento “especial” de seus mestres, sempre se sentiu diferente dos outros aprendizes e por ser órfão, sentia como se não pertencesse a nenhum lugar.

Hatu alimenta uma paixão platônica pela amiga, Hava. Como o treinamento deles está no fim, eles acabam se separando, mas ele fica sempre pensando nela (chega a ser chato, às vezes). Em determinado momento seus caminhos vão se cruzar novamente e as coisas vão ficar um pouco mais complicadas.

Donte, é o melhor amigo de Hatu. Ele é divertido e não se importa com as consequências de suas brincadeiras, já que vem de uma família importante. Uma de suas missões com Hatu dá errado e acaba em uma tragédia, que leva Hatu mais perto de descobrir quem ele é e foi um importante passo para seu amadurecimento como personagem.


Declan divide um pouco do protagonismo no livro com Hatu, ele é um dos mais jovens a se tornar mestre ferreiro, depois de terminar sua obra-prima, o aço-joia (uma espada muito rara). Ele tem uma paixonite pela viajante Rozalee (Roz), uma mulher mais velha e casada.  Eles tem uma relação casual, mas Declan quer uma uma vida mais estável e sabe que com ela isso não é possível.

Agora que não precisa mais dos ensinamentos de seu precessor, Declan tem que decidir se deve ficar em Oncon e assumir a ferraria em que treinou, ou se partirá da cidade em busca de suas próprias conquistas. O destino prega-lhe uma peça e decide por ele, quando o lugar em que vive é atacado. Declan parte com seu aprendiz, Jusan, para ganhar a vida e encontra diversos contratempos no caminho. A guerra se aproxima e um ferreiro capaz de produzir espadas é muito importante, pois pode ser o que vai determinar quem vence e quem perde numa batalha.


Agora vamos apreciar esse mapa maravilhoso (afinal, quem não gosta?). E queria dizer que amei todo o trabalho da edição e da capa do livro. A história é narrada em terceira pessoa e dividida em pontos de vista variados. A atenção maior neste livro foi em Hatu e Declan, que de um modo geral são bons personagens, porém nada de extraordinário.

Nunca tinha lido nada do autor e mesmo gostando muito do mundo criado por ele, não curti muito a narrativa. Ele é por vezes repetitivo e em alguns momentos descreve demais (numa fantasia isso é natural, mas acho que nesse caso tiveram ocasiões em que isso era desnecessário).

“– A única coisa que desejo é não desprezar o homem que vejo no espelho. – respondeu o Barão de Marquensas.”

Estava com expectativas altas e nem todas foram atendidas, por isso me decepcionei um pouco. Queria um pouco mais de ação e romances épicos, só que não rolou. Pelo menos fui compensado com uma ótima mitologia, com seres sombrios e profecias, e também com a promessa de que pode ser mais grandioso.

Achei a maioria dos personagens rasos emocionalmente, mas isso não me atrapalhou durante a leitura. Como volume introdutório para a trama, é um livro bom e o final despertou minha curiosidade para saber mais sobre o mundo de Garn. Agora é aguardar a continuação.

E aí, algum de vocês já leram? Querem ler? Me digam o que acharam do livro nos comentários!
xoxo, Nathan


Nenhum comentário

Postar um comentário