Olá, amores!
Bom, hoje, passei aqui para inaugurar mais uma coluna no blog!!!! E essa novidade foi feita pensando exclusivamente em vocês! Estão curiosos? Vou explicar, então!
Como eu sei que muitos que entram aqui também escrevem textos, crônicas e afins, pensei que seria maravilhoso abrir um espaço de "Fala, leitor" para vocês. Assim, você pode compartilhar seus escritos conosco e com outras pessoas...
Se interessou? Então, é só mandar o que quiser para o nosso email ( thebestwordsbr@hotmail.com ) e nós iremos avaliar se o conteúdo se enquadra nos padrões dos nossos próprios posts. Feito isso, mandaremos uma resposta para o leitor e postaremos o texto de sua autoria, dando os devidos créditos!
Eu adorei essa ideia, pois, assim, descobriremos mais talentos nacionais!!!! Não guarde o que você escreve, pois as palavras precisam ser espalhadas por todos os cantos!
Bom, como já dei o recadinho de hoje e abrimos esse novo espaço, que tal começarmos o dia com o texto de um leitor mais do que querido???
A palavra dessa sexta-feira está com um professor de Literatura que me incentivou mais do que ninguém na caminhada da escrita! Vamos conferir a obra do meu amigo Fabricio Quintella???
***
"Ainda pequena, a menina sempre
admirou tudo que voava.
Bastava um simples aceno de vida
sobre sua cabeça e seu mundo parava e outro se abria:
Um mundo azul, azul e branco, às
vezes, mas não de um azul qualquer. Não o azul do mar que vira uma única vez (mas
que também amava). Um azul-livre, azul-leve, azul-asa. E nesse mundo azul tudo
parecia ser mais suave. Sonhava voar, também, um dia. Muitas foram as
tentativas, umas práticas (que óbvio acabaram em esparadrapo) e outras
imagéticas, menos físicas, mas não menos perigosas.
Num dia em que o azul fora
trocado por um cinza triste que lhe roubara a possibilidade da contemplação,
ficara em casa e vira na televisão a cena: Uma mulher voava, como os bichos, como os pássaros , como
a imaginação, mas diferente desses, a mulher não tinha céu, a mulher não tinha
asa, a mulher só tinha chão, mas voava.
Tão lindamente voava acompanhada por uma música que a conduzia por saltos,
rodopios e voos. Ah a mulher voava! Mas como sem asa?
A imagem da mulher-que-voava imprimiu-se
tão forte nos grandes olhos pretos como
fruta da menina, que na ausência do objeto, seus olhos eram a tela. E via,
revia, sonhava em voar como a mulher-que-voava. O azul de seus antigos sonhos
ganharam novos tons... branco, rosa de uma alegria melancólica.
Um dia andando pela rua, mãos
dadas com o pensamento, viu, longe, um grupo de garotas vestidas como a mulher-que-voava.
Não hesitou em soltar as mãos e correr naquela direção, corria e corria e
corria que mais parecia querer voar. E queria! As meninas sumiram na confusão
da tarde, mas deixaram para traz um cheiro de música. A pequena não demorou a
perceber que a música exalava de uma casa próxima de onde estava... pé-ante-pé,
coração bagunçado, a menina empurrou o portãozinho branco que levava a um
pequeno jardim. Ali a música já era
certeza! Atravessando sinuosa o caminho de pedras, subiu três degraus, empurrou
leve uma porta que a separava do mundo interior e viu, grave e absorta, o céu repleto de meninas e
mulheres-que-voavam. Todas tão iguais como os pássaros que se acostumara a
admirar, mas tão diferentes na maneira de voar. E ali, fitando o céu das
meninas que magicamente se multiplicavam pelas paredes, pode entender, que a
música era vento, e que os pés-amarrados eram asas que teimavam em voar e que o
voo era possível e que nunca mais deixaria de voar e que nunca mais deixaria, principalmente, de
sonhar! "
Beijos da Alê!
Lindo...adorei a novidade....espero que possamos apresentar novos talentos....simbora galera....
ResponderExcluirO texto é lindo, não é mesmo?
ExcluirPois é! Também espero ver novos talentos por aqui! \o/